Influência do Uso e Ocupação da Terra no Risco de Ocorrência de Incêndios Florestais
DOI:
https://doi.org/10.30969/acsa.v16i4.1306Resumen
A presente pesquisa objetivou apurar a influência do uso e ocupação da terra (UOT) no risco de incêndios florestais para o Monumento Natural da Serra da Ferrugem e sua zona de amortecimento no Município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. Para tal, realizou-se a fotointerpretação de imagens aéreas elaborando-se o mapa de caracterização do UOT, sobre o qual aplicou-se a função de pertinência Fuzzy Gaussian para determinar sua influência no risco de incêndios. Compilou-se a série histórica de 10 anos de focos de calor identificados na área para verificar a assertividade do modelo. Como resultado foram identificadas 9 classes, sendo elas: Afloramento Rochoso; Antropização; Floresta Plantada; Lago; Mata Nativa; Pastagem; Cerrado; Solo Exposto e Área Urbana. A tipologia de Mata Nativa, enquadrada na classe de risco moderado, é a de maior representatividade. Desta forma, foi possível concluir que, para o uso e ocupação da terra, a área possui risco moderado de ocorrência de incêndios e que o modelo foi eficaz, pois nenhum dos focos de calor ocorreu sobre classes de risco muito baixo e baixo.
Referencias
ARAÚJO, R.; ANDREOLI, R. V.; CANDIDO, L. A. C.; KAYANO, M.; SOUZA, R. A influência do ENOS e Atlântico Equatorial na precipitação sobre a região norte e nordeste da América do Sul. Acta Amazonica, v. 43, n. 4, 2013.
Batista AC. Mapas de risco: uma alternativa para o planejamento de controle de incêndios florestais. Revista Floresta; 30(1-2): 45-54, 2000.
CAMELO, A. P. S.; SANCHES, K.; NAKAGOMI, B. Zoneamento de incêndios florestais na Estação Ecológica Águas Emendadas, Distrito Federal (Brasil). Territorium, v. 27, n. 2, p. 67–79, 2020.
EUGENIO, F. C. et al. Applying GIS to develop a model for forest fire risk: A case study in Espírito Santo, Brazil. Journal of Environmental Management, v. 173, p. 65–71, 2016.
Fiedler NC, Merlo AM, Medeiros MB. Ocorrência de incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás. Ciência Florestal; 16(2): 153-161, 2006.
FIEDLER, N. C. et al. Firefighting combat with fire retardants at different concentrations. Floresta, v. 50, n. 1, p. 1107–1112, 2020a.
FIEDLER, N. C. et al. Causas dos incêndios florestais. In: FIEDLER, N. C.; SANT’ANNA, C. DE M.; RAMALHO, A. H. C. (Eds.). . Incêndios Florestais. 1. ed. Jerônimo Monteiro - ES: UFES, 2020b. p. 55–64.
GAGLIONE, S. et al. Fuzzy logic applied to GNSS. Measurement: Journal of the International Measurement Confederation, v. 136, p. 314–322, 2019.
INPE. Programa Queimadas - Banco de Dados de Queimadas. Disponível em: <http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/bdqueimadas/#>. Acesso em: 15 Jul. 2021.
JUVANHOL, R.S. Modelagem da vulnerabilidade à ocorrência e propagação de incêndios florestais. 2014. 77f.: Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Espírito Santo, Espirito Santo.
KOPROSKI, L.; FERREIRA, M. P.; GOLDAMMER, J. G.; BATISTA, A. C. Modelo de zoneamento de risco de incêndios para unidades de conservação brasileiras: o caso do Parque Estadual do Cerrado (PR). Floresta, Curitiba, v. 41, n. 3, p. 551-562, 2011.
MAPBIOMAS. Coleções MapBiomas: Coleção 5 (1985 – 2019), Mata Atlântica. Disponível em: <https://mapbiomas.org/colecoes-mapbiomas-1?cama_set_language=pt-BR>. Acesso em: 15 jul. 2021.
MARCHESAN, J. et al. Risco de incêndios na Estação Ecológica do Taim, Rio Grande do Sul. Nativa, v. 8, n. 1, p. 112, 2020.
Medeiros MB. Manejo de fogo em unidades de conservação do cerrado. Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer; 10(1): 76-89,2002
Medeiros MB, Fiedler NC. Incêndios florestais no Parque Nacional da Serra da Canastra: desafios para a conservação da biodiversidade. Ciência Florestal; 14(2): 157-168, 2004.
MELO, Raymeson Rodrigues de. Dinâmica de ocorrência de incêndios florestais em unidade de conservação influenciada por diversos usos e cobertura do solo: APA Gama e Cabeça de Veado – DF. 2018. 85 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade de Brasília, Brasília, 2018
NADERPOUR, M. et al. Forest fire induced Natech risk assessment: A survey of geospatial technologies. Reliability Engineering and System Safety, v. 191, p. 106558, 2019.
OLIVEIRA, G. Q. DE et al. Desenvolvimento inicial de dois híbridos de eucalipto submetidos à irrigação. Eng. Agríc., v. 34, n. 6, p. 1099–1109, 2013.
OLIVEIRA, J. A. M. de. Balanço hídrico climatológico e classificação climática de Thornthwaite e Mather para o município de Conceição do Mato Dentro – MG. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v. 13, n. 1, p. 3203 - 3211, 2019.
RAMALHO, A. H. C. et al. Geotechnology applied to predict the risk of occurrence of fire in the Atlantic Forest. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, v. 12, n. 1, p. 707–720, 2021.
RIBEIRO, L. et al. Zoneamento De Riscos De Incêndios Florestais Para a Fazenda Experimental Do Canguiri, Pinhais (Pr). Floresta, v. 38, n. 3, p. 561–572, 2008.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, T. M. B. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P.DE.; RIBEIRO, J. F. (Ed.). Cerrado: Ecologia e Flora. Brasília: EMBRAPA Informações Tecnológica; Planaltina: Embrapa Cerrados, p. 152– 212, 2008.
RODRÍGUEZ, M. P. R. et al. Comparação entre o perfil dos incêndios florestais de monte alegre, Brasil, e de pinar Del Rio, Cuba. Floresta, v. 43, n. 2, p. 231- 240,. 2013.
SOARES, R. V.; BATISTA, A. C. Incêndios florestais: controle, efeitos e uso do fogo. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2007.
SOARES NETO, G. B. et al. Riscos de incêndios florestais no parque nacional de Brasília - Brasil. Territorium, v. 23, p. 161–170, 2016.
SMA. Operação Corta Fogo. Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cortafogo/>. Acesso em: 16 jul. 2021.
TEBALDI, A. L. C.; FIEDLER, N. C.; JUVANHOL, R. S.; DIAS, H. M. Ações de prevenção e combate aos incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais do Espírito Santo. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 538-549, 2013.
VELOSO, H. P, RANGEL F.A.L. R; LIMA, J. C.A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro IBGE,DERMA, 123 p, 2012.
WORLDCLIM. Série histórica de precipitação (1981 – 2021), Disponível em: <https://www.worldclim.org/data/index.html>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Termo de cessão de direitos autorais da Revista Agropecuária Científica no Semiárido:
Esta é uma revista de acesso livre, onde, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.
Autores que publicam na Revista Agropecuária Científica no Semiárido(ACSA) concordam com os seguintes termos:O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à OBRA à Revista Agropecuária Científica no Semiárido(ACSA), representada pelo CSTR/UFCG, estabelecida no Campus de Patos-PB doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:
O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida;
O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros;
O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica através da assinatura deste termo impresso que deverá ser submetido via correios ao endereço informado no início deste documento;
A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.