Valoração da cobertura vegetal da arborização urbana quanto ao sequestro de carbono da região geográfica de Princesa Isabel, Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.30969/vb5e9983Resumen
Os serviços ecossistêmicos prestados por espaços verdes em áreas urbanas são de extrema importância para a manutenção da sadia qualidade de vida da população. Com o avanço da preocupação global acerca dos efeitos das mudanças climáticas, avaliar e valorar os estoques de carbono, serviços ecossistêmicos prestados também pelas áreas verdes presentes nas zonas urbanas, torna-se fundamental para a mitigação do aquecimento global. Com propósito de investigar os benefícios das áreas verdes em ambientes urbanos, esse trabalho objetivou-se avaliar a cobertura vegetal e o estoque de carbono das áreas verdes urbanas em cinco cidades do semiárido da Paraíba, visando demonstrar a importância da valoração desses espaços no fornecimento atual e futuro de serviços ecossistêmicos. O estudo foi realizado na região imediata de Princesa Isabel, Paraíba, que compreende os municípios de Princesa Isabel, Juru, Tavares, Manaíra e São José de Princesa. Para realizar a avaliação da atual cobertura do solo de cada praça e a estimativa da arborização e o estoque de carbono para cada cidade inserida na presente pesquisa, utilizou-se a plataforma do I-Tree Canopy de forma online que permite quantificar o uso e cobertura do solo em uma determinada área com base em imagens do Google Earth. Realizou-se a análise da atual situação da cobertura do solo através da ferramenta I-Tree Canopy, em que foram atribuídos pontos aleatórios e estes foram avaliados e classificados conforme o seu tipo de cobertura. Foram levantadas o total de 32 áreas verdes nos cinco municípios avaliados. Verificou-se um índice de área verde por habitante abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana para uma melhor qualidade de vida e bem-estar da população urbana. Os resultados demonstraram que se os municípios avaliados atenderem os 15 m²/habitante, mínimo recomendado de área verde, os estoques de carbono e a valoração poderiam aumentar em média 26 vezes. Esses resultados enfatizam a importância da ampliação das áreas verdes urbanas, bem como um melhor planejamento e gestão adequada desses espaços, buscando maximizar seus benefícios ambientais, sociais e econômicos, o que pode gerar renda para os municípios através do pagamento por serviços ambientais.
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